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A Crise da Modernidade

A Modernidade foi um processo que foi sendo criado ao longo dos últimos dois séculos, com o avanço do sistema econômico conhecido como capitalismo este passou por vários processos até chegar aos séculos XIX, XX trazendo a ideia de modernidade que traz consigo avanços tecnológicos e problemas sociais. A modernidade pode definir – se como o conjunto de experiências que envolvem o tempo e o espaço, essa modernidade traz a quebra de paradigmas de espaço como fronteiras nacionais, raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideológica chegando a uma conclusão de essa quebra de espaço foi fundamental para a união humana.

Porém essa união tem seus opostos, sendo que vivemos num amontoado de mudanças e contradições sendo utilizado para isso a famosa frase de Marx que define essa ideia “tudo o que é sólido desmancha no ar”. Ao longo dos últimos 500 anos este sistema capitalista produziu uma gama de modernidade, criando um turbilhão da vida moderna sendo alimentado por uma produção cientifica e física criando novas paisagens e ambientes, gerando no seio dessa sociedade mudanças continuas de luta de classes, podemos dizer que essa mudança e aliada com um crescente aumento demográfico que é um produto de uma sociedade de abundância, esta  criou um sistema para o controle das massas, manipulando as pessoas, um mercado capitalista mundial cheio de mudanças. A modernidade foi ocorrendo em etapas na primeira fase ocorre do século XVI até o fim do século XVIII, essa etapa as pessoas não tinham ideia de que seria isso.

A segunda etapa faz parte de uma onde revolucionaria de 1790 com a famosa revolução francesa, uma era de revoluções em níveis sociais e políticas vemos a crescente modernidade próxima com uma religiosidade do século XIX e uma dicotomia que cresce a partir daí. No Século XX a última fase abrange o mundo todo de forma virtual e cultural do modernismo atingindo um auge de modernidade e pensamento nunca visto antes. Antes das revoluções francesa e americana uma pessoa que falou a respeito da modernidade foi – Jacques Rousseau ele usa a palavra modernidade no século XIX e XX, Rousseau fala a respeito da democracia e modernidade. Se olhamos para a construção da modernidade vemos que o que mais se transformou no século XIX foi a paisagem está que foi modificada através de uma dinâmica, surgindo a partir da concepção de máquinas, engenhos a vapor, fábricas, ferrovias, amplas novas zonas industriais; causando uma transformação do espaço urbano, criando grandes consequências para o homem.

Vemos com a modernidade o surgimento de meios de comunicação como jornais, diários, telégrafos, telefones e outros instrumentos de mídia, que vai se comunicando cada vez mais rápido, o aparecimento de estados Nações forte que fomenta o fortalecimento de indústrias que viraram conglomerados industriais que influenciam na vida humana além de tudo o globo foi ficando pequeno com tamanho avanço tecnológico e o tempo foi ficando cada vez menor. O maquinário que Marx fala a respeito foi inventado para amenizar e aperfeiçoar o trabalho do homem, porém esse é usado ainda mais para sobrecarrega-lo. Ao mesmo tempo em que o homem domina a natureza o homem passa a ser escravo de suas invenções. Os homens de vanguarda foram desaparecendo para Marx esses foram virando operários que viraram invenções do tempo moderno, tanto quanto o próprio maquinário.

A partir da construção dessa modernidade vai nascendo com essa o conceito de “novos homens”, esses que são educados para ser absolvido por as contradições dessa modernidade, Marx através do seu manifesto vai dissertar sobre a construção das classes proletárias e da burguesia, esta última que não vive sem revolucionar constantemente os meios de produção e com isso revoluciona sempre as relações sociais. Criou uma sociedade que baniu todas as tradições da antiguidade e as novas relações culturais antes mesmo de serem tradicionais foram banidas, isto pelo fato de o sistema estar sempre em mudança. Tanto para Marx como para Nietzsche as correntes históricas eram irônicas e dialéticas a sociedade moderna tornou-se uma enorme ausência e vazio sem valores, mas, ao mesmo tempo, em meio a uma desconcertante abundância de possibilidades novas, criando sempre contrários constantes nessa sociedade moderna.

Após vermos as mudanças causadas por essa modernidade vemos nascer cada vez mais essa modernidade no século XX sendo este o período mais criativo e brilhante da humanidade surgindo diversos artistas e ideias novas. Vemos com isso que o pensamento que vem modificando cada vez mais rápido desde Marx e Nietzsche cresceu e desenvolveu. Essa modernidade apesar de produzir tanto no século XX o pensador deste século passou ver o futuro não tanto de forma entusiastas iguais àqueles do século XIX.

A primeira grande guerra do século XX fez aumentar o conceito de modernidade e contribuir para o avanço tecnológico e o avanço desta foi enorme. Marx e Nietzsche disseram que o sistema criado iria acabar com as estruturas tradicionais da sociedade, porém esses não sabiam o alto custo que o homem iria pagar pelo progresso, de levar esse avanço a um alto nível de autodestruição por meio de guerras. Os futuristas pensavam em um futuro ainda mais moderno e rápido foram desenvolvendo a partir dos EUA o conceito de fábrica que foi espalhado pelo terceiro mundo assemelhando essa a um ser humano, onde os homens deviam ver a fábrica como um ser humano que deviam tomar esta instituição da modernidade como um conceito para a vida. Max Weber critica em seu livro 'A ética protestante e o espírito do capitalismo' a sociedade que foi produzida e concebida em um cárcere onde o homem está determinado dentro de um mecanismo com uma força irresistível.

Outros pensadores como Marx, Nietzsche compreende que a tecnologia moderna condiciona o homem. Os homens foram sendo formados segundo fábricas sem coração em cárceres, nesse cárcere os homens são formados como raça de inúteis. Weber ainda critica a classe dominante, e diz que a política foi sendo governada por inúteis dessa sociedade que também é inútil. Tanto Marx e Freud ficaram obsoletos perante a sociedade que surge o homem encontrou sua identidade não mais em conflitos e contradições, mas sim em satisfazer seu auto realização em consumir máquinas e bens. A partir dos anos 60 vemos surgir dois caminhos uma vanguarda que estivesse fora da sociedade moderna os marginais sendo jogados a margem das sociedades, esse pensamento dos anos 60 trouxe uma nova visão da modernidade.

Esse pensamento fez dividir o modernismo em três tendências como sendo afirmativo, negativo e ausente, parece simples porém o que vem apresentado hoje em dia tende a ser mais simples ainda. Podemos dizer que o modernismo foi ramificando para as artes e novos pensamentos de ver o mundo moderno que nascia, através da literatura, escultura e pintura artistas que eram pensadores foram dando sua crítica ao mundo moderno, era assim uma espécie de revolta perante o mundo que a modernidade havia criado, vemos esta critica clara na tela de Pablo Picasso conhecido como Guernica, com toda essa crítica artística o modernismo continuou criando de uma forma ou de outra uma sedução para aqueles que defendem ou criticavam a modernidade, o mercado vendo isto traduziu toda essa crítica em entretenimento e comercialização tecnológica.

Muitos artistas e pensadores aderiram ao estruturalismo riscando do mapa a velha visão da história, um dos grandes pensadores estruturalistas foi Michel de Foucault sendo este obcecado por prisões e instituições fazendo uma crítica a essa prisão que é a sociedade, escreve esse também sobre a sexualidade humana e o prazer, Foucault cria uma legião de seguidores vindos dos anos 60 para esta desesperança diante da sociedade. A modernidade trouxe benefícios e malefícios alguns dizem que foram mais danos do que bônus, outros afirmam como o próprio Marx disse “ tudo está impregnado do seu conteúdo”,  e  “tudo o que é sólido desmancha no ar” e Nietzsche define “existe o perigo, a mãe da moralidade – grande período (...) deslocado sobre o indivíduo, sobre o mais próximo e mais querido, sobre a rua, sobre o filho de alguém, sobre o coração de alguém, sobre o mais profundo e secreto recesso do desejo e da vontade de alguém”.

Portanto vemos que a sociedade foi evoluindo com a recente modernidade trazendo nas últimas décadas do século XX uma força da qual ninguém escapa, com as experiências vividas temos que rever e ver o que erramos e tentar criar um modernismo no século XXI capaz de corrigir os erros do passado e preparar um mundo melhor.


Bibliografia:


BERMAN, Marshall. Tudo que é solido desmancha no ar: a aventura da modernidade. SP: Companhia das letras, 1997.



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