Rapper aos 12 anos, MC Soffia defende combate ao racismo e machismo
MC Soffia tem ganhado cada vez mais espaço na mídia. (Foto: Reprodução / Facebook)
João Vieira
Do Yahoo!, em São Paulo
Do Yahoo!, em São Paulo
A luta de secundaristas contra o fechamento de escolas promovido pelo governo estadual de São Paulo no fim do ano passado mostrou ao País que, ao contrário do que se pinta por grande parte da população, cada dia mais jovens estão engajados em movimentos políticos e em busca de direitos.
Naquela ocasião, estudantes entre 15 e 17 anos enfrentaram a violência policial e, mesmo sendo agredidos por militares nas ruas, venceram a guerra contra a gestão Alckmin e suspenderam a reorganização.
Nessa linha, MC Soffia, uma rapper de apenas 12 anos, que há cada semana faz cada vez mais sucesso, também milita em busca de seus direitos. Porém, ao invés das ruas, seu instrumento de luta é o microfone.
A jovem MC acabou de lançar seu primeiro clipe. (Foto: Reprodução / Facebook)
A jovem MC acabou de lançar seu primeiro clipe, ‘Menina Pretinha’, um marco em sua ainda recente carreira. “Foi bem legal [gravar o clipe], porque eu fui ao Rio de Janeiro, na pedra do sal que é bem importante também”, disse ela, em entrevista exclusiva ao Yahoo!.
Porta-voz de uma geração que não parece muito afim de se esconder,Soffia reluz quando lembra que o alcance de suas rimas já mudou a cabeça de muitos de seus amigos da escola. Negros, em especial. “Agora na minha escola tem bastante gente cantando a minha música, eu chego e já vem gente cantando ‘menina pretinha…’, essas coisas. Fico bem feliz”, explica ela.
Inspirada por Karol Conká e Beyoncé, MC Soffia não foge das chances de dar suas opiniões. Classifica o racismo como o problema social mais grave do Brasil. Acha ótimo ver movimentos nas ruas defendendo suas posições, mas critica a falta de negros, mulheres e até crianças como protagonistas das demandas dos protestos.
A rapper também não perde a oportunidade de criticar a violência policial. “Que a polícia não fique só abordando negros nas periferias pobres e que ela vá para os lugares chiques, porque nós temos direitos também”, pede ela, que, aos 12 anos, é uma prova viva de que a juventude deve sempre ser a protagonista de um país saudável.
Leia a entrevista completa
Yahoo! - Como foi a experiência de gravar um clipe?
MC Soffia - Foi bem legal, porque eu fui ao Rio de Janeiro, na pedra do sal que é bem importante também, e foi bem legal.
MC Soffia - Foi bem legal, porque eu fui ao Rio de Janeiro, na pedra do sal que é bem importante também, e foi bem legal.
Yahoo! - As crianças que participaram do clipe são suas amigas?
Soffia - Algumas eu já conhecia, e eu gosto de todas e de todos. Mas assim, elas não eram minhas amigas, depois que a gente foi se encontrando mais vezes. Eu desfilei com elas, fui em programas com elas.
Soffia - Algumas eu já conhecia, e eu gosto de todas e de todos. Mas assim, elas não eram minhas amigas, depois que a gente foi se encontrando mais vezes. Eu desfilei com elas, fui em programas com elas.
Yahoo! - Depois de todo esse tempo de carreira, como que o seu sucesso tem influenciado na sua convivência com seus amigos na escola? Conseguiu fazer com que eles, especialmente os negros, ganhassem mais consciência sobre racismo e preconceito?
Soffia - Consegui, porque agora na minha escola tem bastante gente cantando a minha música, eu chego e já vem gente cantando ‘menina pretinha..’, essas coisas.
Soffia - Consegui, porque agora na minha escola tem bastante gente cantando a minha música, eu chego e já vem gente cantando ‘menina pretinha..’, essas coisas.
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